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AMOR MAIOR DO QUE QUALQUER PRECONCEITO

Ser  LGBTQIAPN+ Não é escolha e sim condicionante genética

AMOR INCONDICIONAL – AMOR SEM LIMITES – AMOR INFINITO – AMOR MAIOR DO QUE QUALQUER PRECONCEITO…

Estes foram os sentimentos que me invadiram ao ler seu texto, querida Isabel Morais, que serve de moldura dourada para a obra de arte que é a foto do seu rosto colado ao rosto do Daniel.  

Saiba que o Facebook ficou mais rico e engrandecido com esta postagem, pelo bem que faz a milhares de famílias e milhões de pessoas mundo afora que, como você, o Daniel e eu, sofremos com a discriminação de que são vítimas as pessoas que nascem com características e atributos diferentes dos erroneamente considerados normais.

Vítor num corpo de Vitória, ou Vitória num corpo de Vítor; Maria num corpo de Mário, ou Mário num corpo de Maria; Josefa num corpo de José, ou José num corpo de Josefa; Daniel num corpo de Daniela, ou Daniela num corpo de Daniel; Manuel num corpo de Manuela, ou Manuela num corpo de Manuel; Francisco num corpo de Francisca, ou Francisca num corpo de Francisco… e vai por aí afora, numa grande diversidade de diferenças individuais e características sexuais já comprovadas pela ciência e, por isso mesmo, indiscutíveis; podendo mesmo se dizer sem medo de errar que não existe uma pessoa exatamente igual à outra.

O problema não está em ser diferente, considerado normal ou anormal. O problema está no preconceito daqueles que, por ignorância ou egoísmo, se consideram com direito de julgar e condenar.

Assim é que os considerados “anormais” são vítimas da discriminação, seja familiar ou social, que produz graves injustiças e grande sofrimento.

Quem discrimina é tão ignorante  que nem percebe que repete o erro milenar de julgar e condenar aquele que considera diferente, e menos ainda percebe que, na maioria das vezes, o que foi considerado errado é o mais certo, disseminando injustiças e provocando sofrimento em suas vítimas, não raras vezes seu próprio filho ou sua própria filha e, como consequência natural do seu erro, leva o sofrimento aos demais membros da própria família.

Os parâmetros de comparação que o preconceituoso adota para decidir quem é “normal” ou “anormal”, são fundamentados em preconceitos, produzidos estes pela    IGNORÂNCIA e  EGOÍSMO, características muito presentes no primitivo e selvagem  estágio atual do processo evolutivo da humanidade.  Explico:

  1. FUNDAMENTADOS NA IGNORÂNCIA:

1.1. Desconhece ou não quer saber que ninguém tem como escolher, antes de nascer, se quer ser menino ou menina, louro(a) ou moreno(a), alto(a) ou baixo(a); de cabelos lisos, ondulados, ou encarapinhados;  de olhos negros, castanhos, verdes ou azuis; de nariz afilado ou achatado; de pele branca, negra ou morena; assim como não tem como escolher, antes de nascer, se vai ser dotado de maior ou menor sensualidade; se quer ser hétero ou homossexual, trans ou bissexual, ou dotado de qualquer uma das condições que caracterizam o grupo LGBTQIAPN+.

1.2. Qualquer uma destas características ou outras, são determinadas pelo código genético que todos recebem ao nascer e definidas no momento da fecundação.

1.3. Não sabem que o código genético foi formado ao longo de  dezenas de milhares de gerações, durante os milhões de anos da existência humana na Terra, como forma de adaptação ao meio em que viveu, vive e viverá (em permanente e contínuo processo de evolução),  dotando cada novo ser dos melhores meios de preservar a própria existência, de tal modo que já nasce com a cor da pele que melhor o(a) capacita para suportar o frio das partes geladas da terra ou o calor escaldante das partes mais quentes do nosso amado planeta.

Assim como a cor da pele, também o tipo de cabelo, formato do nariz e outros componentes do corpo físico, numa espécie de aprimoramento da espécie…

1.4. Não sabem também que além do código genético, pode ocorrer uma malformação congênita, se a gestante for portadora ou acometida por alguma doença grave, capaz de atingir o novo ser em formação.

Neste caso, ou em qualquer outro caso diferente dos citados antes, ou até sem caso nenhum conhecido, aquele(a) que ainda não nasceu não tem como escolher e, por isso mesmo, não tem culpa de apresentar esta ou aquela “anormalidade”, razão pela qual ninguém tem direito de julgá-lo(a), condená-lo(a) ou maltratá-lo(a) por ser exatamente como é.

Antes, pelo contrário, todos tem a obrigação de respeitá-lo(a), defendê-lo(a) de qualquer injustiça que venha a sofrer e protegê-lo(a); como é dever de qualquer cidadão de bem, em prol  de uma convivência pautada pela justiça e fraternidade.

1.5. Muito mais teríamos para mostrar, mas não temos o direito de cansá-lo(a) com argumentos longos,  embora convincentes, e nem são necessários, visto que qualquer pessoa, sem precisar de demonstrações científicas, nem de um esforço intelectual elaborado; qualquer pessoa, repetimos, ao ver pela primeira vez um grupo de crianças de ambos os sexos, com idade entre três e cinco anos, notará que uns tem traços nitidamente definidos, mostrando logo se é menino ou menina; enquanto outros exibem traços que deixam dúvida se é menino ou menina. 

 – Ninguém nesta idade escolheu ser exatamente como é…

De modo semelhante, ao passar por um ou uma jovem entre 15 e 18 anos, terá sua atenção imediatamente voltada para este(a) jovem, tamanha  é a sensualidade que exibe; enquanto ao passar por outro(a) em idênticas condições, apenas o(a) perceberá como um vulto humano que simplesmente passa, sem lhe despertar atenção, de vez que exibe pouca ou nenhuma sensualidade.

 – Nenhum(a) destes jovens escolheu ser mais sensual ou menos sensual…

1.6. Também não sabem os que se atribuem o direito de julgar e condenar, que nem pai nem mãe têm culpa por terem um(a) filho(a) portador(a) da Síndrome de Down (popularmente conhecida como Mongolismo), ou ter paralisia cerebral, ou ser Autista e vai por aí afora; mas muitos pais, também por ignorância, “morrem” de desgosto, sentindo-se culpados ou “castigados por Deus” por terem um(a) filho(a) portadora do que a sociedade, inculta e selvagem, considera “anormal”; escondem seus filhos ou negam a paternidade. Tem também,  em casos extremos de ignorância, aqueles que  se entregam à bebida e outros vícios, destruindo a própria família.

  1. FUNDAMENTADOS NO EGOÍSMO:

2.1. O egoísta se considera “dono da verdade” e se atribui o direito de “exigir” que outros aceitem a sua “verdade” como a única certa ou, pelo menos, a “mais certa”.

2.2. Como não percebe seus equívocos e erros, o egoísta se atribui um “modelo de perfeição” e julga a todos com base no seu “modelo de perfeição”, considerando quem  contrariar seu modelo como errado, anormal,  imperfeito ou maléfico; razão pela qual se atribui o direito de condená-lo(a) e puni-lo(a).

2.3. O egoísta encontra seu alimento na VAIDADE. Por isso, está sempre em busca do aplauso e vive fazendo comparações, de modo a se mostrar melhor ou superior ao seu semelhante, ostentando maior riqueza, seja material, moral ou intelectual. Faz isso em busca das luzes do palco da vida, seja porque desempenha o papel principal ou porque foi mais hábil na arte de esconder seus próprios defeitos, falhas e erros…

2.4. Em sua incansável busca do aplauso, o egoísta vive à espreita do erro ou falha daquele com quem se compara para destacá-la aos olhos da plateia, e sente-se engrandecido pela pequenez que atribui àquele com quem se comparou.

2.5. Também é comum encontrarmos no egoísta um comportamento falso e traidor, a ponto de, ao ter de reconhecer no outro qualidades, méritos ou virtudes que a plateia não reconhece nele, não hesita em difamar seu “oponente”, atribuindo-lhe os defeitos ou falhas que gostaria que este cometesse e, ao obter sucesso pelas vaias que a plateia lhe dirigir, sente nisso indisfarçável prazer.

2.6. É este o tipo de egoísta que mais injustiças comete e causa enorme sofrimento em suas vítimas, quer sejam integrantes do grupo LGBTQIAPN+ ou apresentem virtudes capazes de despertar INVEJA.

Se você reconhece em si mesmo alguma das características antes citadas, seja no quadro da IGNORÂNCIA ou do EGOÍSMO, não se lamente, não se culpe nem sofra por isso; reconheça que você, como toda e qualquer outra pessoa, também recebeu seu código genético ao nascer e sofreu a modelagem que a vida em sociedade lhe impôs, assim como tem as marcas do convívio familiar, escolar e religioso…. Você, antes e acima de tudo, é um ser humano que tem direito de SER FELIZ a seu modo, o que conseguirá se aprender a se perdoar pelos seus defeitos, se aceitar tal como é e, principalmente, SE AMAR!!!

Se você, se reconhecer portador(a) de qualquer componente que define o grupo  LGBTQIAPN+ e, por isso, for vítima de qualquer pensamento, palavra ou ato de qualquer pessoa EGOÍSTA ou IGNORANTE, saiba que você não pode impedir essa pessoa de assim pensar, falar ou agir, mas pode NÃO SE DEIXAR ATINGIR pela maledicência dessa pessoa; o que conseguirá se aprender a se aceitar tal como é. Não precisa nem deve chamar atenção para o fato (até para não despertar o instinto selvagem e cruel das traiçoeiras hienas humanas…) mas também não precisa se esconder de ninguém; basta viver a sua vida com a intensidade e plenitude que esta lhe oferecer, sem buscar aplausos nem temer vaias; reconhecer que a pessoa que eventualmente o(a) discriminar, assim como você, essa pessoa também recebeu seu código genético ao nascer, sem possibilidades de escolher ser diferente e, por isso mesmo, é tão merecedora da sua compreensão, tolerância, respeito e aceitação quanto você.

Cultive em sua Alma um sentimento de compaixão por quem o(a) maltrata, exercite a capacidade de perdoar e aprenda a se aceitar tal como é, aprove sua realidade sem culpa nem auto-piedade, aplauda-se, goste-se, AME-SE.

Assim será uma fortaleza que nenhum mal pode abalar. Enfim, SEJA FELIZ A SEU MODO!!!

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