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FÉ SEM RELIGIÃO…, ou RELIGIÃO SEM FÉ?

O vídeo “Fé e Iluminação da Mente”, publicado no “Canal Concrescer” do  YouTube, tem gerado numerosos protestos e algumas contestações veementes, sob a alegação de que “…só as autoridades religiosas têm qualificação e direito de falar da FÉ.”

Por uma questão de respeito ao direito  de todo e qualquer cidadão discordar do nosso entendimento, e também por nos atribuirmos esse mesmo direito de discordarmos de qualquer  entendimento  diferente do nosso, sustentamos com força crescente que um ato de Fé é possível sem qualquer viés ou contexto religioso.

Nossa sustentação se apoia na convicção inabalável de que FÉ É ENTREGA TOTAL E COMPLETA AO “INSTRUMENTO” DA FÉ DE CADA UM, na CERTEZA de que aquele, ou aquela ou até aquilo que adoramos tem poder para realizar o que lhe pedimos, seja um milagre de cura pessoal ou de alguém por quem intercedemos, ou esclarecimento da dúvida que nos angustia, ou até mesmo o conhecimento que a nossa Mente Pensante procura e não consegue obter; esta ENTREGA TOTAL E COMPLETA, repetimos, tem poder para neutralizar simultaneamente todos os fatores impeditivos da “iluminação da mente”.

Mas afinal, o que devemos entender por “iluminação da mente”? Perguntariam os mais refinados questionadores, incomodados com o fato de alguém adotar um pensamento diferente do pensamento deles.

A estes diríamos com total segurança que a iluminação da mente não é um fim em si mesmo, e sim o resultado natural da atuação do Componente de Natureza Divina que todas as pessoas têm.

Convencionou-se denominar esta realização  de “iluminação da mente” porque o Ser de Natureza Divina, (o que efetivamente realiza o “milagre” ou transmite o conhecimento  que o cientista genial lhe solicita) é um Ser envolto em intensa luminosidade; onde estiver não existem trevas e por onde passa em suas andanças pelo Plano Relativo, deixa um rastro luminoso.

Este conhecimento só é possível obter por quem tenha vivenciado esta realização em si mesmo.

Um outro motivo, embora menos nobre por ter motivação egóica, é para diferenciar aqueles que “realizam o milagre” daqueles que  são beneficiados pelo “milagre”.

Também vale acrescentar que um ato de fé, cujo instrumento seja uma pessoa física ou imagética, embora seja igualmente válido e com poderes suficientes para proporcionar a “iluminação da mente”, tem contornos de IDOLATRIA, de todo indesejável por ser aprisionadora,  geradora de dependência e inibidora do crescimento individual.

Por outro lado, um ato de fé desvinculado de qualquer pessoa, objeto ou imagem, simplesmente direcionado para o Componente de Natureza Divina (o realizador do “milagre”) que habita o corpo da pessoa solicitante, além de ensejar a “iluminação da mente”, cria condições para este mesmo Componente de Natureza Divina  se comunicar de modo consciente e completo com a sua mente pensante.

Mas esta realização individual está completamente desvinculada de qualquer prática ou culto religioso, podendo ser praticada em qualquer circunstância da vida, em qualquer lugar que a pessoa se encontre, sem a necessidade de um Templo religioso nem qualquer vestimenta especial.

Isto contraria conceitos profundamente arraigados em nossa cultura, assim como contraria interesses e conveniências muito poderosas, por se constituir num verdadeiro ato de LIBERTAÇÃO INDIVIDUAL, seja dos nossos ídolos ou dos preconceitos que estes nos fizeram assumir como VERDADES ABSOLUTAS, DEFINITIVAS, IMUTÁVEIS E INQUESTIONÁVEIS.

Enriquece este texto a contribuição do Rodrigo Rocha, o qual conclui da seguinte forma:

“A Fé, portanto, não é sinônimo de religião. Há religiosos sem fé nenhuma e outras pessoas que, mesmo sem nenhuma religião, são orientados plenamente pela Fé. E é necessário frisar enfaticamente: a Fé é independente dos profissionais da Fé. O que queremos dizer é que embora existam excelentes padres, pastores, pastoras, pais e mães de santo, rabinos, entre outros, eles não têm sozinhos, nem em conjunto, o monopólio das ações de Fé. A verdadeira Fé, aquela que de fato permite milagres, deriva da relação que cada um de nós desenvolve com o seu divinal pessoal. Ao rompermos as barreiras da razão lógica, nos aproximamos dos nossos Divinais Pessoais, que nos levam cada vez mais próximos ao absoluto. Tenham Fé!”   

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